12 videoaulas | 11 horas de conteúdo
• Introdução sobre a teoria
• 7 esquemas teóricos analisados em filmes e episódios de séries exibidos e comentados cena a cena
• Certificado de conclusão
• Filmes analisados: Roma (Alfonso Cuarón), Coringa (Todd Phillips), Parasita (Bong Joon-ho), O Som ao Redor e Bacurau (Kleber Mendonça Filho), Central do Brasil (Walter Salles), A Vida Invisível (Karim Aïnouz, e a obra literária A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha)
• Séries analisadas: Game of Thrones (HBO), Big Little Lies (HBO)
• Livro: acesso online gratuito à obra "O Sentido das Paixões"
Introdução ao arco da estrutura e do personagem (1h17)
Exibição do primeiro ato do filme “Coringa”, de Todd Phillips
• Introdução da teoria em dois eixos: um voltado para a estrutura narrativa e outro para a estrutura mais densa do personagem
• Origem da teoria: da Narratividade para a teoria da Semiótica Narrativa e da Semiótica das Paixões
• A diferença desta teoria: em busca da alma do personagem e como as “paixões” – ódio, culpa, vingança, cólera – afetam os personagens
• O ARCO que vai de uma ilusão a uma verdade e a necessidade das transformações da história pelos personagens
• A formação do arco do Programa Narrativo (PN) e da intriga: sujeito, objeto e destinador.
Arco em 3 atos da estrutura e do personagem “Coringa” (1h08)
Exibição do filme “Coringa” completo, analisando o arco de Arthur, do início à sanção
• Análise do arco de transformação do personagem e da história em três atos: Contrato, Manipulação e Sanção, que mostra a progressão do tema e do personagem.
• Estudo da narrativa contratual que ajuda, com técnicas adequadas, a construir o personagem e a narrativa escondendo e mostrando surpresas.
• O papel central do Destinador no Contrato, na Manipulação e na Sanção e detalhamento dos quatro tipos de Destinadores – Persuasivo, Social, Autodestinador e Transcendente.
• Como utilizar o esquema do Simulacro Existencial para criar personagens imaginários, como a namorada de Arthur, que existe apenas em sua imaginação.
• Como utilizar a loucura, diferente de uma paixão, na construção de personagens psicóticos.
Dano e Fratura: o primeiro ato e as técnicas de sofrimento do personagem (45 min)
Exibição do 1º episódio de “Game of Thrones” (HBO) para mostrar os contratos iniciais com “sujeitos”, “objetos” e “destinador” de Jon Snow.
• Análise do Dano e Fratura de Jon Snow, em que sua rebeldia está ligada à sua condição de bastardo e seu sofrimento, à paixão da melancolia.
• Técnica de formação do PN de Jon Snow com as personagens femininas Ygritte, a selvagem, e Daenerys Targaryen, a rainha dos dragões.
• Como o Dano representa tanto um dano físico, como o sofrimento e a alma do personagem. E como sua jornada será para liquidar a fratura aberta com este dano.
• A necessidade de um Dano no personagem, que causa uma fratura, uma falta, podendo ser visível, como em os “quebrados” de “GoT”, ou invisível, como o de Jon Snow, por ser um bastardo.
• Como se inicia e termina a jornada de Daenerys Targaryen; como esconde que é uma vingadora, e revela apenas no final, quando em ódio e fúria queima o povo que ela jurou defender.
Segundo ato e atualização do personagem (41 min)
Exibição do 2º episódio de “Game of Thrones” para mostrar a atualização dos personagens em busca de competência para a sanção dos seus PNs.
• Demonstração de como prossegue o arco dos personagens iniciado no primeiro ato, e como ele irá se fechar no episódio ou no final da série.
• Análise da jornada de Jon Snow que, após um contrato com a Patrulha da Noite, passará por uma fase de Manipulação para adquirir competência e se realizar.
• A importância das paixões dos personagens, construídos com base em suas imperfeições, em jornadas em busca de perfeição ou do não sofrimento.
• O início da jornada de vingança de Arya Stark, e como precisou de um “destinador” para se realizar como vingadora no final da série.
Terceiro ato e Sanção julgadora da verdade (1h05)
Exibição do filme “Parasita”, de Bong Joon Ho, com análise do roteiro e dos personagens e definição dos três atos no filme.
• Como estabelecer gêneros diferentes em cada ato, com a comédia no primeiro, o drama no segundo e o trágico no terceiro ato, mas seguindo o arco dos personagens.
• Como os pontos de virada, que dividem um ato do outro, ocorrem no início do segundo e do terceiro ato, e não no final do primeiro e do segundo, como é mais usual. E como esses pontos de virada foram gerados.
• Análise do arco de transformação passional do personagem, com o senhor Kim saindo de uma “raiva” para um “ressentimento” com seu patrão, em razão do seu cheiro, terminando em “vingança”.
• O uso da “surpresa” no final do filme, quando Kim deveria matar quem tirou a vida de sua filha, mas ele surpreende e mata o seu patrão.
• Fechamento do arco, iniciado no primeiro ato como uma “ilusão” de que todos se sairiam bem, com a revelação da verdade no final, diante da imprevisibilidade do “sobrevir”, quando nada saiu como planejado.
Estrutura de um piloto e emocional do personagem (30 min)
Exibição do 1º episódio da série "Big Little Lies" (HBO).
• O desenvolvimento dos itens obrigatórios de um primeiro episódio, chamado de piloto, demonstrando como trabalhar o incidente inicial, o contrato das personagens, e a identificação das paixões que as afetam.
• Como desenvolver as paixões nas personagens, a exemplo da “culpa” de Madeleine Mackenzie, a “melancolia” de Celeste White e o “desejo de vingança” de Jane Champion.
• Técnicas de como estabelecer os três atos na estrutura da série e na longa jornada das personagens através de seus Programas Narrativos, com um início, um meio e um fim.
• Como gerar arcos curtos e longos em uma série, que vai do incidente inicial no início da série ao fechamento do arco, com a resolução da intriga ligada a este incidente.
Estrutura estética e universal do cinema e seus personagens (45 min)
Exibição de “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, analisando a estratégia da surpresa final do filme.
• Estudo dos três atos que formam a jornada de três personagens, sendo que um deles, Clodoaldo, prepara uma vingança de maneira oculta, só revelada na última cena do filme.
• Como o primeiro ato esconde os contratos afetivos dos personagens para serem revelados de surpresa no segundo e terceiro ato.
• O uso correto dos diferentes tipos de paixão; de que maneira a paixão da melancolia afeta o personagem João, a raiva transforma o arco de Bia e o ódio de Clodoaldo é necessário em sua jornada de vingança.
• Como medir a força estética de uma paixão; como a força da melancolia de João, que o desequilibra na vida, é mais forte que a raiva de Bia e o ódio sentido por Clodoaldo.
• Como a paixão de cada personagem impregna a estética do filme, dos planos à fotografia e montagem, em um arco de forças dos três personagens principais, que se inicia calmo e termina explosivo.
Estruturas invisíveis de “Roma” (1h06)
Exibição do primeiro ato do filme “Roma”, de Alfonso Cuarón, para mostrar o esquema da sensação na “parada” das personagens.
• A utilização dos três atos em um filme de arte, com estrutura invisível, em que a sensação das personagens se sobrepõe às suas ações.
• Como os pontos de virada das personagens Cleo e Sofia ocorrem em forma de “sensações” e não de suas ações.
• O uso da combinação “admiração x percepção”, utilizada quando a personagem se ilude ou quando descobre a verdade após um acontecimento extraordinário.
• O arco que forma a jornada de Cleo diante de uma “admiração” e de Sofia diante de uma “percepção”
O arco da “culpa” como estrutura central em “Roma” (49 min)
Exibição do segundo e terceiro ato do filme “Roma”.
• Como foi preparado o arco de “culpa” de Cleo, de se arrepender de ter matado a filha somente por que desejou que ela morresse.
• Como Cleo esconde essa culpa até o final do filme, quando “surpreende” e revela o que vinha sentindo nos dois primeiros atos iniciais.
• As características da paixão da culpa e como ela está presente em “Roma” e em outros filmes de Cuarón, e como essa paixão estrutura a estética sensível de suas obras.
• Análise da teoria da sensação; como Paul Cézanne e Francis Bacon pintavam o “invisível”. Alfonso Cuarón, em “Roma”, filma o invisível, o sensível, através das sensações de suas personagens.
• Análise do Simulacro Existencial de Cleo para ter um filho e dos acontecimentos extraordinários que surgiram e quebraram a “falta de verdade” que o simulacro escondia.
Tema, cultura, estética e paixões em “Bacurau” (53 min)
Exibição do filme “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho, para mostrar o esquema da Surpresa e as paixões da melancolia e do ressentimento.
• Como o roteiro de “Bacurau” possui os três atos bem determinados e como o primeiro ato esconde o que vai acontecer no segundo e no terceiro ato, como ocorre em “Parasita”.
• A estratégia de como o filme se utiliza do “esquema da Surpresa”, ao mostrar primeiro uma “guerra da água” no primeiro ato para mostrar depois outra guerra, com os caçadores de cabeça, implícita na falsa guerra da água
• Técnica na “escrita” de como foi construída a paixão da melancolia na personagem Teresa, incluída de última hora, mas determinante para a estética do filme.
• Como foi construída a paixão do ressentimento em Domingas, em razão de um caso com outra mulher no passado, e que impregna a personagem e a narrativa.
• Como a cultura brasileira, especialmente a “astúcia”, característica do personagem nordestino do Brasil, é utilizada como dramaturgia nas ações de combate, com o brasileiro vencendo o gringo com uma “tocaia”, símbolo dessa esperteza.
Simulacro Existencial: Potência do personagem (1h16)
Exibição do filme “Central do Brasil”, de Walter Salles, e “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz.
• Análise dos arcos dos três atos nos filmes “Central do Brasil” e “A Vida Invisível”; como usar corretamente estes artifícios aristotélicos, e como a má utilização destes arcos tira a clareza da obra.
• Como “Central do Brasil” se apoia na culpa da personagem principal Dora, que se arrepende de ter vendido Josué para traficantes e o resgata, e parte em uma jornada de liquidação desta culpa.
• Como a paixão da melancolia em Eurídice, que está no livro de Martha Batalha, é a marca da personagem, e não foi passada para o filme, e como um “curta-metragem” no final do filme muda essa perspectiva.
• Demonstração do Simulacro Existencial em “Central do Brasil”, quando Dora antecipa um desejo ainda não realizado como se já fosse realizado.
• Aplicação das três fases do simulacro: Virtualizada, Atualizada e Realizada (e Potencializada, que pode se colocar antes da Realização, se o personagem “antecipar” uma falsa Realização, como Arthur faz com sua namorada imaginária em “Coringa”).
• Análise da obra literária “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha.
Retrospectiva e fechamento (43 min)
• Retrospectiva dos esquemas teóricos, destacando os principais pontos estratégicos para o desenvolvimento de uma narrativa de ficção